São Paulo, 17 de novembro de 2011.
Aos programas de Pós-Graduação da Universidade de São Paulo:
Nós, alunos de pós-graduação da Universidade de São Paulo (campus Capital), vimos por meio desta nota informar os programas de pós-graduação da USP que na última Assembleia Geral dos estudantes de pós-graduação da USP Capital, ocorrida no dia 16 de novembro de 2011, referendamos as decisões tomadas pela Assembleia Geral dos Estudantes da USP ocorrida no dia 08 de novembro de 2011. Deliberamos, portanto, por Greve Geral do corpo discente de pós-graduação tendo como pautas os seguintes Eixos:
1. Retirada de todos os processos movidos contra estudantes por motivos políticos
2. Pelo fim do convênio da USP com a Secretaria de Segurança Pública. “Fora PM!”
3. Liberdade aos presos e nenhuma punição administrativa ou criminal!
4. Fora Rodas!
5. Por outro projeto de segurança na USP! Que a reitoria se responsabilize por:
a) Plano de iluminação no campus;
b) Política preventiva de segurança;
c) Abertura do campus à população para que tenhamos maior circulação de pessoas;
d) Abertura de concurso público para outra guarda universitária, que tenha treinamento para prevenção dos problemas de segurança e com efetivo feminino para a segurança da mulher;
e) Mais circulares;
f) Circular até o Metrô Butantã.
6. Pela criação de uma Estatuinte soberana e democrática na USP.
Solicitamos aos programas de pós-graduação que divulguem esta nota entre os docentes para que estes, em respeito às resoluções da Assembleia Geral de Pós-graduação da USP/Capital, paralisem as aulas, ou, ao menos, suspendam as listas de presença e as avaliações.
Comitê de Comunicação
Assembleia Geral da Pós-Graduação da USP-Capital
terça-feira, 22 de novembro de 2011
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Semana do Patrimônio
Com informações da prefeitura
A Semana de Valorização do Patrimônio Histórico e Cultural SP 2011, sob a inscrição “múltiplas faces do patrimônio cultural”, apresentará contribuições das diferentes áreas do conhecimento, reforçando o caráter multidisciplinar do patrimônio cultural.
O encontro de pensadores e executores do patrimônio acontecerá de 7 a 9 de dezembro e integra o calendário de atividades da Cidade de São Paulo e é promovida pelo Departamento do Patrimônio Histórico (DPH), da Secretaria Municipal de Cultura.
Acompanhe a programação*:
Semana de Valorização do Patrimônio Histórico e Cultural da Cidade de São Paulo
Local: Av. São João no 473, 8º andar. Centro - São Paulo-SP. Galeria Olido
Inscrições: de 21 a 25 de novembro somente pelo e-mail: dphdivulga@prefeitura.sp.gov.br
Informações: www.patrimoniohistorico.sp.gov.br
Tema: “As múltiplas faces do patrimônio cultural”
De 7 a 9 de dezembro de 2011.
7/12/2011 – quarta-feira
Mesa 1: As múltiplas faces do Patrimônio Cultural
Mesa 2: Teatros e Casas de Ópera: papel histórico e cultural e os recentes projetos de restauro
8/12/2011 – quinta-feira
Mesa 3: Patrimônio Imaterial
Mesa 4: Paisagens culturais
Mesa 5: Educação Patrimonial
Mesa 6: Patrimônio documental
9/12/2011 – sexta-feira
Mesa 7: Arqueologia urbana
Mesa 8: Patrimônio Museológico : Casas Históricas e Acervos
Mesa 9: Instrumentos de proteção do patrimônio cultural
*programação sujeita a alterações
Vagas limitadas.
A Semana de Valorização do Patrimônio Histórico e Cultural SP 2011, sob a inscrição “múltiplas faces do patrimônio cultural”, apresentará contribuições das diferentes áreas do conhecimento, reforçando o caráter multidisciplinar do patrimônio cultural.
O encontro de pensadores e executores do patrimônio acontecerá de 7 a 9 de dezembro e integra o calendário de atividades da Cidade de São Paulo e é promovida pelo Departamento do Patrimônio Histórico (DPH), da Secretaria Municipal de Cultura.
Acompanhe a programação*:
Semana de Valorização do Patrimônio Histórico e Cultural da Cidade de São Paulo
Local: Av. São João no 473, 8º andar. Centro - São Paulo-SP. Galeria Olido
Inscrições: de 21 a 25 de novembro somente pelo e-mail: dphdivulga@prefeitura.sp.gov.br
Informações: www.patrimoniohistorico.sp.gov.br
Tema: “As múltiplas faces do patrimônio cultural”
De 7 a 9 de dezembro de 2011.
7/12/2011 – quarta-feira
Mesa 1: As múltiplas faces do Patrimônio Cultural
Mesa 2: Teatros e Casas de Ópera: papel histórico e cultural e os recentes projetos de restauro
8/12/2011 – quinta-feira
Mesa 3: Patrimônio Imaterial
Mesa 4: Paisagens culturais
Mesa 5: Educação Patrimonial
Mesa 6: Patrimônio documental
9/12/2011 – sexta-feira
Mesa 7: Arqueologia urbana
Mesa 8: Patrimônio Museológico : Casas Históricas e Acervos
Mesa 9: Instrumentos de proteção do patrimônio cultural
*programação sujeita a alterações
Vagas limitadas.
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Pós-Graduação da USP apoia greve geral dos Estudantes
Em assembleia na noite de quarta-feira (16/11), os estudantes da pós-graduação da USP capital lotaram o auditório 1 da Física, com capacidade para 200 pessoas sentadas. Em um debate democrático, com espaço para debates com diferentes posições e alunos dos quatro campos do conhecimento - humanas, exatas, biológicas e interdisciplinares - foram discutidos os eixos propostos na assembleia geral dos estudantes.
Conheça os eixos da greve:
1 - revogação do convênio USP-Pm (aprovado na assembleia da pós)
2 - não a perseguição aos estudantes e funcionários, inclusive punições criminais aprovado na assembleia da pós)
3 - Fora Rodas ( CONSENSO na assembleia da pós)
4 - por um novo plano de segurança. Aumento da iluminação, aumento do número de circulardes, guarda feminina, abertura dos portões. Guarda concursada. Circulares ate o metro Butantã. (CONSENSO na assembleia da pós)
Registro em ata a observação de que, segundo o estudante Bruno, a USP não poderá ter segurança armada, o que dificulta a execução de uma proposta sem PM.
5 - Levar á Assembleia Geral a proposta de convocação de uma assembleia Estatuinte paritária. (aprovado na assembleia da pós)
Por fim, foi aprovada a proposta de greve da pós-graduação além do envio de 11 delegados à comissão de greve.
O movimento continua!
Conheça os eixos da greve:
1 - revogação do convênio USP-Pm (aprovado na assembleia da pós)
2 - não a perseguição aos estudantes e funcionários, inclusive punições criminais aprovado na assembleia da pós)
3 - Fora Rodas ( CONSENSO na assembleia da pós)
4 - por um novo plano de segurança. Aumento da iluminação, aumento do número de circulardes, guarda feminina, abertura dos portões. Guarda concursada. Circulares ate o metro Butantã. (CONSENSO na assembleia da pós)
Registro em ata a observação de que, segundo o estudante Bruno, a USP não poderá ter segurança armada, o que dificulta a execução de uma proposta sem PM.
5 - Levar á Assembleia Geral a proposta de convocação de uma assembleia Estatuinte paritária. (aprovado na assembleia da pós)
Por fim, foi aprovada a proposta de greve da pós-graduação além do envio de 11 delegados à comissão de greve.
O movimento continua!
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Ninguém está acima da lei. Mas, quem é ninguém? O que é a lei? Qual é a verdade?
Jorge Luiz Souto Maior(*)
Para deslegitimar o ato de estudantes da USP, que se postaram contra a presença da Polícia Militar no Campus Universitário, o governador Geraldo Alckmin sentenciou: “ninguém está acima da lei”, sugerindo que o ato dos estudantes seria fruto de uma tentativa de obter uma situação especial perante outros cidadãos pelo fato de serem estudantes. Aliás, na sequência, os debates na mídia se voltaram para este aspecto, sendo os estudantes acusados de estarem pretendendo se alijar do império da lei, que a todos atinge.
Muito precisa ser dito a respeito, no entanto.
Em primeiro lugar, a expressão, “ninguém está acima da lei”, traduz um preceito republicano, pelo qual, historicamente, se fixou a conquista de que o poder pertence ao povo e que, portanto, o governante não detém o poder por si, mas em nome do povo, exercendo-o nos limites fixados por leis, democraticamente, estatuídas. O “ninguém está acima da lei” é uma conquista do povo em face dos governos autoritários.
O “ninguém” da expressão, por conseguinte, é o governante, jamais o povo. Claro que nenhum do povo está acima da lei, mas a expressão não se destina a essa obviedade e sim a consignar algo mais relevante, advindo da luta republicana, isto é, do povo, para evitar a deturpação do poder.
Neste sentido, não é dado ao governante usar o preceito contra atos de manifestação popular, pois é desses atos que se constroem, democraticamente, os valores que vão se expressar nas leis que limitarão, na sequência, os atos dos governantes. Dito de forma mais clara, a utilização do argumento da lei contra os atos populares é um ato anti-republicano, que favorece, no disfarce do império da lei, ao desmonte da contestação popular aos valores que estejam abarcados em determinadas leis.
Foi isso, aliás, o que se viu recentemente na discussão em torno do direito das pessoas de se manifestarem, de forma organizada e pacífica, contra a lei que criminaliza o uso da maconha. Todos estão sob o império da lei, mas não pode haver obstáculos institucionalizados para a discussão pública acerca da necessidade, ou não, de sua alteração.
A lei, portanto, não é ato de poder, não pertence ao governante. A lei deve ser fruto da vontade popular, fixada a partir de experiências democráticas, que tanto se estabelecem pelo meio institucionalizado da representação parlamentar quanto pelo livre pensar e pelas manifestações públicas espontâneas.
E, ademais, qual é a verdade da situação? A grande verdade é que os alunos da USP não estão querendo um tratamento especial diante da lei. Não estão pretendendo uma espécie de vácuo legal, para benefício pessoal. Para ser completamente claro, não estão querendo fumar maconha no Campus sem serem incomodados pela lei. Querem, isto sim, manifestar, democraticamente, sua contrariedade à presença da Polícia Militar no Campus Universitário, não pelo fato de que a presença da polícia lhes obsta a prática de atos ilícitos, mas porque o ambiente escolar não é, por si, um caso de polícia.
Querem pôr em discussão, ademais, a legitimidade da autorização, dada pela atual Direção da Universidade, em permitir essa presença. A questão da legitimidade trata-se de outro preceito relevante do Estado de Direito, pois a norma legal, para ser eficaz, precisa ser fixada por quem, efetivamente, tem o poder institucionalizado, pela própria ordem jurídica, para fazê-lo e, ainda, exercer esse poder em nome dos preceitos maiores da razão democrática.
Vejamos. Alguém pode estar questionando o direito dos alunos de estarem ocupando o prédio da Administração da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, sob o argumento de que não estão, pela lei, autorizados a tanto. Imaginemos, no entanto, que a Direção da Unidade tivesse concedido esta autorização. A questão, então, seria saber se quem deu a autorização tinha a legitimidade para tanto e mais se os propósitos da autorização estavam, ou não, em conformidade com os preceitos jurídicos voltados à Administração Pública.
Pois bem, o que os alunos querem é discutir se a autorização para a Polícia Militar ocupar os espaços da Universidade foi legítima e quais os propósitos dessa autorização. Diz-se que a presença da Polícia Militar se deu para impedir furtos e, até, assassinatos, o que, infelizmente, foi refletido em fatos recentes no local. Mas, para bem além disso, a presença da Polícia Militar tem servido para inibir os atos democráticos de manifestação, que, ademais, são comuns em ambientes acadêmicos, envoltos em debates políticos e reivindicações estudantis e trabalhistas. Uma Universidade é, antes, um local experimental de manifestações livres de ideias, instrumentalizadas por atos políticos, para que as leis, que servirão à limitação dos atos de nossos governantes, possam ser analisadas criticamente e aprimoradas por intermédio de práticas verdadeiramente democráticas.
A presença ostensiva da Polícia Militar causa constrangimentos a estas práticas, como, aliás, se verificou, recentemente, com a condução de vários servidores da Universidade à Delegacia de Polícia, em razão da realização de um ato de paralisação de natureza reivindicatória, o que lhes gerou, dentro da lógica de terror instaurada, a abertura de um Inquérito Administrativo que tem por propósito impingir-lhes a pena da perda do emprego por justa causa.
Dir-se-á que no evento que deu origem à manifestação dos alunos houve, de fato, a constatação da prática de um ilícito e que isso justificaria o ato policial. Mas, quantas não foram as abordagens que não geraram a mesma constatação? De todo modo, a questão é que os fins não justificam os meios ainda mais quando os fins vão muito além do que, simplesmente, evitar a prática de furtos, roubos, assassinatos e consumo de drogas no âmbito da Universidade, como se tem verificado em concreto.
Há um enorme “déficit” democrático na Universidade de São Paulo que de algum tempo para cá a comunidade acadêmica, integrada por professores, alunos e servidores, tem pretendido pôr em debate e foi, exatamente, esse avanço dessa experiência reivindicatória que motivou, em ato de represália, patrocinado pelo atual Reitor, o advento da Polícia Militar no Campus, sob a falácia da proteção da ordem jurídica.
A ocupação da Administração da FFLCH pelos alunos, não é um ato isolado, advindo de um fato determinado, fruto da busca frívola de se “fumar maconha” impunemente no Campus. Fosse somente isso, o fato não mereceria tanta repercussão. Trata-se, isto sim, do fruto da acumulação de experiências democráticas que se vem intensificando no âmbito da Universidade desde 2005, embora convivendo, é verdade, com o trágico efeito do aumento das estratégias repressoras. Neste instante, o que deve impulsionar a todos, portanto, é a defesa da preservação dos mecanismos de diálogo e das práticas democráticas. Os alunos, ademais, ainda que o ato tenha tido um estopim, estão sendo objetivos em suas reivindicações: contra a precarização dos direitos dos trabalhadores; contra a privatização do ensino público; contra as estruturas de poder arcaicas e autoritárias da Universidade, regrada, ainda, por preceitos fixados na época da ditadura militar; pela realização de uma estatuinte; e contra a presença da Polícia Militar no Campus, que representa uma forma de opressão ao debate.
O ato dos alunos, portanto, é legítimo porque seus objetivos estão em perfeita harmonia com os objetivos traçados pela Constituição da República Federativa do Brasil, que institucionalizou um Estado Democrático de Direito Social e o fato de estarem ocupando um espaço público para tanto serve como demonstração da própria origem do conflito: a falta de espaços institucionalizados para o debate que querem travar.
A ocupação não é ato de delinqüência, trata-se, meramente, da forma encontrada pelos alunos para expressar publicamente o conflito que existe entre os que querem democratizar a Universidade e os que se opõem a isso em nome de interesses que não precisam revelar quando se ancoram na cômoda defesa da “lei”.
(*) Professor Livre-Docente da Faculdade de Direito da USP.
Para deslegitimar o ato de estudantes da USP, que se postaram contra a presença da Polícia Militar no Campus Universitário, o governador Geraldo Alckmin sentenciou: “ninguém está acima da lei”, sugerindo que o ato dos estudantes seria fruto de uma tentativa de obter uma situação especial perante outros cidadãos pelo fato de serem estudantes. Aliás, na sequência, os debates na mídia se voltaram para este aspecto, sendo os estudantes acusados de estarem pretendendo se alijar do império da lei, que a todos atinge.
Muito precisa ser dito a respeito, no entanto.
Em primeiro lugar, a expressão, “ninguém está acima da lei”, traduz um preceito republicano, pelo qual, historicamente, se fixou a conquista de que o poder pertence ao povo e que, portanto, o governante não detém o poder por si, mas em nome do povo, exercendo-o nos limites fixados por leis, democraticamente, estatuídas. O “ninguém está acima da lei” é uma conquista do povo em face dos governos autoritários.
O “ninguém” da expressão, por conseguinte, é o governante, jamais o povo. Claro que nenhum do povo está acima da lei, mas a expressão não se destina a essa obviedade e sim a consignar algo mais relevante, advindo da luta republicana, isto é, do povo, para evitar a deturpação do poder.
Neste sentido, não é dado ao governante usar o preceito contra atos de manifestação popular, pois é desses atos que se constroem, democraticamente, os valores que vão se expressar nas leis que limitarão, na sequência, os atos dos governantes. Dito de forma mais clara, a utilização do argumento da lei contra os atos populares é um ato anti-republicano, que favorece, no disfarce do império da lei, ao desmonte da contestação popular aos valores que estejam abarcados em determinadas leis.
Foi isso, aliás, o que se viu recentemente na discussão em torno do direito das pessoas de se manifestarem, de forma organizada e pacífica, contra a lei que criminaliza o uso da maconha. Todos estão sob o império da lei, mas não pode haver obstáculos institucionalizados para a discussão pública acerca da necessidade, ou não, de sua alteração.
A lei, portanto, não é ato de poder, não pertence ao governante. A lei deve ser fruto da vontade popular, fixada a partir de experiências democráticas, que tanto se estabelecem pelo meio institucionalizado da representação parlamentar quanto pelo livre pensar e pelas manifestações públicas espontâneas.
E, ademais, qual é a verdade da situação? A grande verdade é que os alunos da USP não estão querendo um tratamento especial diante da lei. Não estão pretendendo uma espécie de vácuo legal, para benefício pessoal. Para ser completamente claro, não estão querendo fumar maconha no Campus sem serem incomodados pela lei. Querem, isto sim, manifestar, democraticamente, sua contrariedade à presença da Polícia Militar no Campus Universitário, não pelo fato de que a presença da polícia lhes obsta a prática de atos ilícitos, mas porque o ambiente escolar não é, por si, um caso de polícia.
Querem pôr em discussão, ademais, a legitimidade da autorização, dada pela atual Direção da Universidade, em permitir essa presença. A questão da legitimidade trata-se de outro preceito relevante do Estado de Direito, pois a norma legal, para ser eficaz, precisa ser fixada por quem, efetivamente, tem o poder institucionalizado, pela própria ordem jurídica, para fazê-lo e, ainda, exercer esse poder em nome dos preceitos maiores da razão democrática.
Vejamos. Alguém pode estar questionando o direito dos alunos de estarem ocupando o prédio da Administração da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, sob o argumento de que não estão, pela lei, autorizados a tanto. Imaginemos, no entanto, que a Direção da Unidade tivesse concedido esta autorização. A questão, então, seria saber se quem deu a autorização tinha a legitimidade para tanto e mais se os propósitos da autorização estavam, ou não, em conformidade com os preceitos jurídicos voltados à Administração Pública.
Pois bem, o que os alunos querem é discutir se a autorização para a Polícia Militar ocupar os espaços da Universidade foi legítima e quais os propósitos dessa autorização. Diz-se que a presença da Polícia Militar se deu para impedir furtos e, até, assassinatos, o que, infelizmente, foi refletido em fatos recentes no local. Mas, para bem além disso, a presença da Polícia Militar tem servido para inibir os atos democráticos de manifestação, que, ademais, são comuns em ambientes acadêmicos, envoltos em debates políticos e reivindicações estudantis e trabalhistas. Uma Universidade é, antes, um local experimental de manifestações livres de ideias, instrumentalizadas por atos políticos, para que as leis, que servirão à limitação dos atos de nossos governantes, possam ser analisadas criticamente e aprimoradas por intermédio de práticas verdadeiramente democráticas.
A presença ostensiva da Polícia Militar causa constrangimentos a estas práticas, como, aliás, se verificou, recentemente, com a condução de vários servidores da Universidade à Delegacia de Polícia, em razão da realização de um ato de paralisação de natureza reivindicatória, o que lhes gerou, dentro da lógica de terror instaurada, a abertura de um Inquérito Administrativo que tem por propósito impingir-lhes a pena da perda do emprego por justa causa.
Dir-se-á que no evento que deu origem à manifestação dos alunos houve, de fato, a constatação da prática de um ilícito e que isso justificaria o ato policial. Mas, quantas não foram as abordagens que não geraram a mesma constatação? De todo modo, a questão é que os fins não justificam os meios ainda mais quando os fins vão muito além do que, simplesmente, evitar a prática de furtos, roubos, assassinatos e consumo de drogas no âmbito da Universidade, como se tem verificado em concreto.
Há um enorme “déficit” democrático na Universidade de São Paulo que de algum tempo para cá a comunidade acadêmica, integrada por professores, alunos e servidores, tem pretendido pôr em debate e foi, exatamente, esse avanço dessa experiência reivindicatória que motivou, em ato de represália, patrocinado pelo atual Reitor, o advento da Polícia Militar no Campus, sob a falácia da proteção da ordem jurídica.
A ocupação da Administração da FFLCH pelos alunos, não é um ato isolado, advindo de um fato determinado, fruto da busca frívola de se “fumar maconha” impunemente no Campus. Fosse somente isso, o fato não mereceria tanta repercussão. Trata-se, isto sim, do fruto da acumulação de experiências democráticas que se vem intensificando no âmbito da Universidade desde 2005, embora convivendo, é verdade, com o trágico efeito do aumento das estratégias repressoras. Neste instante, o que deve impulsionar a todos, portanto, é a defesa da preservação dos mecanismos de diálogo e das práticas democráticas. Os alunos, ademais, ainda que o ato tenha tido um estopim, estão sendo objetivos em suas reivindicações: contra a precarização dos direitos dos trabalhadores; contra a privatização do ensino público; contra as estruturas de poder arcaicas e autoritárias da Universidade, regrada, ainda, por preceitos fixados na época da ditadura militar; pela realização de uma estatuinte; e contra a presença da Polícia Militar no Campus, que representa uma forma de opressão ao debate.
O ato dos alunos, portanto, é legítimo porque seus objetivos estão em perfeita harmonia com os objetivos traçados pela Constituição da República Federativa do Brasil, que institucionalizou um Estado Democrático de Direito Social e o fato de estarem ocupando um espaço público para tanto serve como demonstração da própria origem do conflito: a falta de espaços institucionalizados para o debate que querem travar.
A ocupação não é ato de delinqüência, trata-se, meramente, da forma encontrada pelos alunos para expressar publicamente o conflito que existe entre os que querem democratizar a Universidade e os que se opõem a isso em nome de interesses que não precisam revelar quando se ancoram na cômoda defesa da “lei”.
(*) Professor Livre-Docente da Faculdade de Direito da USP.
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
100 mil mestres e doutores pela USP
Ao atingir a concessão de 100 mil títulos de mestrado e doutorado, a Universidade de São Paulo discute o futuro da pós-graduação no País
Por Joana Horta
Este mês de outubro, a Universidade de São Paulo (USP) celebra a marca de 100 mil títulos de mestrado e doutorado, concedidos a dissertações e teses qualificadas e defendidas na instituição. Do total, 53% são mestrados e 47%, doutorados, contados a partir de 1969, quando surgiram os padrões para a pós-graduação do país. Mais que um resultado quantitativo, o número comprova o peso da mais tradicional instituição brasileira de ensino, com 22 mil estudantes de pós-graduação, em mais de 200 cursos nas 9 áreas do conhecimento reconhecidas nessa etapa de estudos: ciências exatas e da terra, ciências biológicas, ciências
Da saúde, ciências agrárias, ciências sociais aplicadas, ciências humanas, linguística, letras e artes e multidisciplinar. A unidade que mais produziu títulos, ao longo dos últimos 42 anos, foi a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, com 9,5% do total. Com o indicativo título de Pós-Graduação Construindo o Futuro, uma série de eventos foi programada na usp. “É um bom momento para pensarmos de maneira mais aberta e eventualmente sugerir mudanças no sistema de pós-graduação”, afirma Vahan Gopyan, pró-reitor de pós-graduação da instituição. O professor da Faculdade de Medicina do campus Ribeirão Preto, Carlos Gilberto Carlotti Jr., Reforça o movimento no sentido da reflexão. “Está clara a ideia que não devemos apenas rememorar os 100 mil títulos e ir pra casa. A comemoração tem o objetivo de celebrar e discutir o sistema atual da universidade paulista, pensar um novo modelo final de tese, entender as necessidades dos financiadores.” Entre os problemas citados pelo professor, estão o aperfeiçoamento no processo de seleção e ingresso, as exigências na formação de línguas estrangeiras, a melhora das orientações e a reorganização da estrutura administrativa da universidade. “As secretarias de pós-graduação nas faculdades sofrem com a burocratização. Este é um problema para o qual precisamos encontrar soluções”, afirma Carlotti.
Lei a matéria na íntegra em:
Por Joana Horta
Este mês de outubro, a Universidade de São Paulo (USP) celebra a marca de 100 mil títulos de mestrado e doutorado, concedidos a dissertações e teses qualificadas e defendidas na instituição. Do total, 53% são mestrados e 47%, doutorados, contados a partir de 1969, quando surgiram os padrões para a pós-graduação do país. Mais que um resultado quantitativo, o número comprova o peso da mais tradicional instituição brasileira de ensino, com 22 mil estudantes de pós-graduação, em mais de 200 cursos nas 9 áreas do conhecimento reconhecidas nessa etapa de estudos: ciências exatas e da terra, ciências biológicas, ciências
Da saúde, ciências agrárias, ciências sociais aplicadas, ciências humanas, linguística, letras e artes e multidisciplinar. A unidade que mais produziu títulos, ao longo dos últimos 42 anos, foi a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, com 9,5% do total. Com o indicativo título de Pós-Graduação Construindo o Futuro, uma série de eventos foi programada na usp. “É um bom momento para pensarmos de maneira mais aberta e eventualmente sugerir mudanças no sistema de pós-graduação”, afirma Vahan Gopyan, pró-reitor de pós-graduação da instituição. O professor da Faculdade de Medicina do campus Ribeirão Preto, Carlos Gilberto Carlotti Jr., Reforça o movimento no sentido da reflexão. “Está clara a ideia que não devemos apenas rememorar os 100 mil títulos e ir pra casa. A comemoração tem o objetivo de celebrar e discutir o sistema atual da universidade paulista, pensar um novo modelo final de tese, entender as necessidades dos financiadores.” Entre os problemas citados pelo professor, estão o aperfeiçoamento no processo de seleção e ingresso, as exigências na formação de línguas estrangeiras, a melhora das orientações e a reorganização da estrutura administrativa da universidade. “As secretarias de pós-graduação nas faculdades sofrem com a burocratização. Este é um problema para o qual precisamos encontrar soluções”, afirma Carlotti.
Lei a matéria na íntegra em:
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Câmara aprova Comissão da Verdade
Após quase dois anos de polêmicas e negociações, a Câmara dos Deputados aprovou ontem a criação da Comissão Nacional da Verdade, que pretende esclarecer violações de direitos humanos ocorridas entre 1946 e 1988.
Prevista no Programa Nacional de Direitos Humanos, assinado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em dezembro de 2009, a comissão busca trazer à tona a "verdade histórica" sobre o período e "promover a reconciliação nacional".
Desde que foi proposto, no entanto, o texto que cria a comissão foi alterado em vários pontos, principalmente para atender às queixas de militares. Eles temiam que a comissão ferisse a Lei da Anistia, que impede a responsabilização penal por crimes políticos perpetrados durante a ditadura militar (1964-1985), e exigiam que a comissão também tratasse de organizações de esquerda que aderiram à luta armada.
A BBC Brasil preparou uma série de perguntas e respostas sobre a comissão:
Quais serão as atribuições da Comissão da Verdade?
A comissão terá como finalidade "examinar e esclarecer as graves violações de direitos humanos" praticadas entre 1946 e 1988, "a fim de efetivar o direito à memória e à verdade histórica e promover a reconciliação nacional".
Para isso, a comissão deverá analisar casos de torturas, mortes, desaparecimentos forçados, ocultação de cadáveres, ainda que ocorridos no exterior. Também deverá identificar e tornar públicos as estruturas, os locais, as instituições e as circunstâncias relacionados à prática de violações de direitos humanos, assim como suas eventuais ramificações nos aparelhos estatais e na sociedade.
A comissão deverá ainda encaminhar aos órgãos públicos competentes todas as informações que possam auxiliar na localização e identificação de corpos e restos mortais dos 140 desaparecidos políticos do período.
A Comissão terá o poder de punir ou recomendar que acusados de violações sejam punidos?
Não. Em abril de 2010, instado por ação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Supremo Tribunal Federal decidiu por sete votos a dois que a Lei da Anistia, de 1979, não deveria ser alterada para possibilitar a responsabilização penal dos indivíduos envolvidos em crimes como a tortura – ou como em ataques terroristas, no caso dos adeptos da luta armada. A decisão enterrou a possibilidade de que a Comissão da Verdadeivesse qualquer poder punitivo.
Quais foram as mudanças na comissão aprovada em relação à proposta anterior, apresentada em 2010?
A proposta anterior fazia menção à "repressão política", expressão retirada do novo texto. Diferentemente da versão de 2010, a atual prevê o "exame" (e não mais a "apuração") de violações aos direitos humanos.
O período analisado pela comissão também foi alterado: em vez de englobar apenas o regime militar (1964-1985), o grupo tratará dos fatos ocorridos entre 1946 e 1988.
Quem integrará a comissão?
A comissão terá sete membros nomeados pela presidente Dilma Rousseff "de reconhecida idoneidade e conduta ética, identificados com a defesa da democracia e institucionalidade constitucional, bem como com o respeito aos direitos humanos".
Como a comissão atuará?
Os integrantes terão acesso a todos os arquivos do poder público sobre o período e poderão convocar vítimas ou acusados de violações para depoimentos, ainda que convocação não tenha caráter obrigatório.
Ao fim de dois anos, prazo de atuação do grupo, a comissão poderá publicar um relatório com seus principais achados.
O grupo não terá, todavia, a obrigação de divulgar tudo o que descobrir. Caso elabore uma lista com nomes de torturadores, por exemplo, a comissão pode optar por encaminhá-la somente à presidente e ao ministro da Defesa.
Quais as principais críticas à comissão?
Ativistas que defendem a investigação de crimes cometidos durante a ditadura afirmam que, sem o poder de punir, a comissão não colaborá para que se faça justiça.
Na Argentina, ex-presidentes militares foram julgados e presos pelo desaparecimento de civis
Dizem ainda que o longo período contemplado pela comissão impedirá uma análise aprofundada da época em que houve mais violações, a ditadura militar.
Já alguns militares e policiais temem que o grupo não dê o devido peso aos crimes cometidos por organizações esquerdistas e se queixam por não terem representantes na comissão.
Eles ainda afirmam que os trabalhos podem "reabrir feridas" na sociedade brasileira.
Para alguns analistas, a comissão disporá de prazo muito curto (dois anos) e terá poucos integrantes para concluir seu trabalho de forma satisfatória.
O modelo já foi testado em outros países?
Sim. Segundo pesquisa de Simone Rodrigues Pinto, professora da Universidade de Brasília, desde 1974, mais de 20 comissões semelhantes foram criadas no mundo todo. Na África do Sul, a comissão ajudou a esclarecer violações de direitos humanos ocorridas sob o regime do apartheid.
Também foram instaladas comissões em nações sul-americanas como Argentina, Chile e Peru – nesses países, no entanto, alguns militares, policiais e até ex-presidentes foram presos após os trabalhos.
Prevista no Programa Nacional de Direitos Humanos, assinado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em dezembro de 2009, a comissão busca trazer à tona a "verdade histórica" sobre o período e "promover a reconciliação nacional".
Desde que foi proposto, no entanto, o texto que cria a comissão foi alterado em vários pontos, principalmente para atender às queixas de militares. Eles temiam que a comissão ferisse a Lei da Anistia, que impede a responsabilização penal por crimes políticos perpetrados durante a ditadura militar (1964-1985), e exigiam que a comissão também tratasse de organizações de esquerda que aderiram à luta armada.
A BBC Brasil preparou uma série de perguntas e respostas sobre a comissão:
Quais serão as atribuições da Comissão da Verdade?
A comissão terá como finalidade "examinar e esclarecer as graves violações de direitos humanos" praticadas entre 1946 e 1988, "a fim de efetivar o direito à memória e à verdade histórica e promover a reconciliação nacional".
Para isso, a comissão deverá analisar casos de torturas, mortes, desaparecimentos forçados, ocultação de cadáveres, ainda que ocorridos no exterior. Também deverá identificar e tornar públicos as estruturas, os locais, as instituições e as circunstâncias relacionados à prática de violações de direitos humanos, assim como suas eventuais ramificações nos aparelhos estatais e na sociedade.
A comissão deverá ainda encaminhar aos órgãos públicos competentes todas as informações que possam auxiliar na localização e identificação de corpos e restos mortais dos 140 desaparecidos políticos do período.
A Comissão terá o poder de punir ou recomendar que acusados de violações sejam punidos?
Não. Em abril de 2010, instado por ação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Supremo Tribunal Federal decidiu por sete votos a dois que a Lei da Anistia, de 1979, não deveria ser alterada para possibilitar a responsabilização penal dos indivíduos envolvidos em crimes como a tortura – ou como em ataques terroristas, no caso dos adeptos da luta armada. A decisão enterrou a possibilidade de que a Comissão da Verdadeivesse qualquer poder punitivo.
Quais foram as mudanças na comissão aprovada em relação à proposta anterior, apresentada em 2010?
A proposta anterior fazia menção à "repressão política", expressão retirada do novo texto. Diferentemente da versão de 2010, a atual prevê o "exame" (e não mais a "apuração") de violações aos direitos humanos.
O período analisado pela comissão também foi alterado: em vez de englobar apenas o regime militar (1964-1985), o grupo tratará dos fatos ocorridos entre 1946 e 1988.
Quem integrará a comissão?
A comissão terá sete membros nomeados pela presidente Dilma Rousseff "de reconhecida idoneidade e conduta ética, identificados com a defesa da democracia e institucionalidade constitucional, bem como com o respeito aos direitos humanos".
Como a comissão atuará?
Os integrantes terão acesso a todos os arquivos do poder público sobre o período e poderão convocar vítimas ou acusados de violações para depoimentos, ainda que convocação não tenha caráter obrigatório.
Ao fim de dois anos, prazo de atuação do grupo, a comissão poderá publicar um relatório com seus principais achados.
O grupo não terá, todavia, a obrigação de divulgar tudo o que descobrir. Caso elabore uma lista com nomes de torturadores, por exemplo, a comissão pode optar por encaminhá-la somente à presidente e ao ministro da Defesa.
Quais as principais críticas à comissão?
Ativistas que defendem a investigação de crimes cometidos durante a ditadura afirmam que, sem o poder de punir, a comissão não colaborá para que se faça justiça.
Na Argentina, ex-presidentes militares foram julgados e presos pelo desaparecimento de civis
Dizem ainda que o longo período contemplado pela comissão impedirá uma análise aprofundada da época em que houve mais violações, a ditadura militar.
Já alguns militares e policiais temem que o grupo não dê o devido peso aos crimes cometidos por organizações esquerdistas e se queixam por não terem representantes na comissão.
Eles ainda afirmam que os trabalhos podem "reabrir feridas" na sociedade brasileira.
Para alguns analistas, a comissão disporá de prazo muito curto (dois anos) e terá poucos integrantes para concluir seu trabalho de forma satisfatória.
O modelo já foi testado em outros países?
Sim. Segundo pesquisa de Simone Rodrigues Pinto, professora da Universidade de Brasília, desde 1974, mais de 20 comissões semelhantes foram criadas no mundo todo. Na África do Sul, a comissão ajudou a esclarecer violações de direitos humanos ocorridas sob o regime do apartheid.
Também foram instaladas comissões em nações sul-americanas como Argentina, Chile e Peru – nesses países, no entanto, alguns militares, policiais e até ex-presidentes foram presos após os trabalhos.
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Especial 90 anos de Paulo Freire
Primeira matéria da série especial sobre o educador Paulo Freire.
Produzida pela TVT - TV dos Trabalhadores de São Bernardo do Campo
Reportagem - Márcia Telles
Originalmente publicado em: http://tvt.vflow.tv/api/iframe/?idContent=6690&width=480&height=375
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Ameaças ao patrimônio genético - Incêndio que devastou banco genético da USP foi intencional, diz Ibama

Foto: João Neves / Divulgação
O incêndio que atingiu o banco genético da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto em agosto e destruiu 27,3 hectares de floresta foi intencional, afirma o técnico Celso Luiz Ambrósio, do Centro Nacional de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (Prevfogo), do Ibama.
Segundo Ambrósio, após 15 de análise da região atingida pelo fogo foi possível determinar que o incêndio não foi derivado da queima de lixo ou da queda de uma bituca de cigarro. "Encontramos o ponto de origem do incêndio e não havia nenhum dispositivo de ignição no local, essa característica nos leva a pensar que a queimada foi intencional", afirmou.
O laudo, que ainda não foi encaminhado para a universidade, não aponta culpados. O técnico formula algumas hipóteses que podem ter motivado o incêndio: piromaníacos, criação de pasto para animais ou "até mesmo por vingança".
A floresta queimada tem 75 hectares, sendo que 45 deles fazem parte do banco genético - plantas e sementes de espécies das Bacias Hidrográficas dos Rios Pardo e Mogi, além de mamíferos, aves, fungos, insetos e animais de solo.
Segundo a pesquisadora Elenice, na parte do banco genético incendiado existiam 45 espécies arbóreas com 3.375 progênies (matrizes para preservação da variabilidade genética) que serviriam para a criação de novas florestas.
De acordo com a guarda da universidade, esse foi o maior incêndio na história do câmpus da USP de Ribeirão Preto. Foram perdidos, segundo a USP, material genético de insetos, de aves, ninhos de passarinhos, além de árvores de várias espécies, com sementes de origem conhecida e qualidade garantida, a fim de recuperar áreas degradadas.
Segundo informações da professora de Biologia da Universidade, Elenice Varanda, "guardadas as devidas proporções, a perda da USP é a mesma que aconteceu com o Instituto Butantã", quando o incêndio destruiu a maior coleção de cobras, aranhas e escorpiões do mundo, em maio do ano passado.
Informações de Luís Henrique Trovo, especial para O Estado de S. Paulo e Solange Spigliatti, do estadão online
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Seminário Proext - Programa de Apoio à Cultura pela Extensão Universitária
O Programa de Apoio à Cultura em Interface com a Extensão Universitária do Estado de São Paulo (ProExt Cultura SP) completou 02 anos de atuação, apoiando projetos culturais de extensão universitária voltados à inclusão social e à implementação de políticas públicas culturais.
Mais informações no http://proext.com.br/
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Refletindo sobre as representações

Foto: Vinicius Morende
Por Danilo Morcelli
Se eu deveria dizer algo,
Este algo deveria ser o silêncio.
De ante de tamanha barbaridade
Só me resta a reflexão.
Vaidade das vaidades,
Pra que gritar aos quatro ventos, algo que não farei de coração?
Pra que gritar, se não cabe a mim a ação?
Pra que dar ordens, se a cova que me espera, também anseia por vós?
Pra que usar essas palavras, se os tolos constantemente se afogam nelas?
Palavras absurdas, são tão absurdas quanto quem as disse...
Pra que dar razão, a algo que naceste órfão, disforme, infuncional?
Junto-me aos mudos de coração, me camuflarei no meio desses...
Desses que acham que está tudo feito,
Desses que murmuram impropérios pelos cantos. E na mais graciosa deselegância, contentam-se em protestar em voz baixa,
Cuidando para que ouvidos alheios, não encontrem tais palavras...
Me acusarão de inativo. Proposital minha inação.
Talvez eu seja mesmo um inativo. Um que prefere ver as cores do céu,
Ao alimentar ingratidão de pássaros rebeldes dentro do coração de homens.
Ingratidão...
A única coisa que se faz só, é morrer - e ainda assim tenho minhas dúvidas.
No meu silêncio proposital, estarei vigiando.
Enquanto matam seu tempo, com as cores da cadeira do rei,
A fome e a guerra fazem mais uma vítima nas periferias invisíveis da humanidade...
Quando discutirem algo verdadeiramente sério, me convidem...
Do contrário, prefiro ver os pássaros migratórios que enchem o céu dessa universidade nos ultimos meses do ano...
Eles sim, são dignos da ordem do dia, e estão pouco procupados com mazelas.
*Danilo da Costa Morcelli
Mestrando em Mudança Social e Participação Política - USP
Bacharel em Gestão Ambiental - USP
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
O direito ao delírio
O direito de sonhar, por Eduardo Galeano
terça-feira, 23 de agosto de 2011
100 mil mestres e doutores na USP
Agência FAPESP – A Pró-Reitoria de Pós-Graduação da Universidade de São Paulo (USP) lançou nesta segunda-feira (22/08) um site sobre os 100 mil títulos outorgados a mestres e doutores pela universidade. Nele, os internautas poderão saber mais sobre as comemorações e os debates previstos para celebrar a marca. Os eventos vão ocorrer nos dias 7, 9, 10 e 11 de outubro, no Memorial da América Latina, nos campi e unidades da USP.
"Trata-se de um recurso excepcional para nos comunicarmos com eficiência com nossos docentes e alunos, que poderão acompanhar de perto as informações sobre os eventos programados, sem descuidar, é claro, da comunicação com o publico externo”, disse Vahan Agopyan, pró-reitor de Pós-Graduação e membro do Conselho Superior da FAPESP.
O site traz diversas ações programadas, entre homenagens, premiações, atividade cultural e, principalmente, debates para lembrar significativamente os 100 mil títulos. Elas estão disponíveis no campo intitulado “Programação”.
Em dez vídeos, inseridos no campo “Palavra do pró-reitor”, Agopyan faz um amplo diagnóstico sobre o ambiente da Pós-Graduação na USP e no Brasil, além de destacar a importância estratégica que pode ser atribuída aos estudos pós-graduandos nesta etapa da história do país.
No campo “Personagens” seis ex-pró-reitores de Pós-Graduação dão depoimentos, também em vídeos. Dois deles também foram reitores da USP: Adolpho José Melfi e Suely Vilela. Já em “Prêmio USP” os internautas poderão conhecer o regulamento do Prêmio Tese Destaque USP 2011, lançado agora no conjunto das comemorações dos 100 mil títulos.
Os outros campos que podem ser encontrados no hotsite são “Notícias”, “Pós-hoje”, “Conte sua história” e “Na mídia”.
O site foi desenvolvido pela Assessoria de Imprensa da Reitoria e a Divisão Midias Online da Coordenadoria de Comunicação Social da USP.
Mais informações: www.prpg.usp.br/100mil.
"Trata-se de um recurso excepcional para nos comunicarmos com eficiência com nossos docentes e alunos, que poderão acompanhar de perto as informações sobre os eventos programados, sem descuidar, é claro, da comunicação com o publico externo”, disse Vahan Agopyan, pró-reitor de Pós-Graduação e membro do Conselho Superior da FAPESP.
O site traz diversas ações programadas, entre homenagens, premiações, atividade cultural e, principalmente, debates para lembrar significativamente os 100 mil títulos. Elas estão disponíveis no campo intitulado “Programação”.
Em dez vídeos, inseridos no campo “Palavra do pró-reitor”, Agopyan faz um amplo diagnóstico sobre o ambiente da Pós-Graduação na USP e no Brasil, além de destacar a importância estratégica que pode ser atribuída aos estudos pós-graduandos nesta etapa da história do país.
No campo “Personagens” seis ex-pró-reitores de Pós-Graduação dão depoimentos, também em vídeos. Dois deles também foram reitores da USP: Adolpho José Melfi e Suely Vilela. Já em “Prêmio USP” os internautas poderão conhecer o regulamento do Prêmio Tese Destaque USP 2011, lançado agora no conjunto das comemorações dos 100 mil títulos.
Os outros campos que podem ser encontrados no hotsite são “Notícias”, “Pós-hoje”, “Conte sua história” e “Na mídia”.
O site foi desenvolvido pela Assessoria de Imprensa da Reitoria e a Divisão Midias Online da Coordenadoria de Comunicação Social da USP.
Mais informações: www.prpg.usp.br/100mil.
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Seminários de Estudos Culturais na EACH-USP
Os seminários de Estudos Culturais, na EACH-USP, são uma série de encontros que explorarão temáticas dos Estudos Culturais, por colegas do programa e pesquisadores convidados, durante todo o semestre.
Em agosto, os encontros apresentarão três pesquisas, exposição da professora Monique de Saint-Martain, da Ecole des Hautes Etudes en Science Sociale, França, e dois livros recém-lançados sobre a cidade de São Paulo.
Calendário de Agosto:
11/08, Quinta-feira, 14 h - Sala 133 (1º andar do prédio I1) Mesa Redonda de professores do programa Estudos culturais e a história do conhecimento no Antigo Oriente Próximo: identidades e cânones.Carlos Gonçalves A sociedade da literatura brasileira contemporânea: entre o nacionalismo e o cosmopolitismoJefferson Agostini Núcleo de Estudos de Representações da Diversidade: fantasia, ciência e sociedade no cinema, na literatura, na música e na moda.Luis Piassi
17/08, Quarta-feira, 14 h - Anfiteatro 2 (Ciclo Básico) Educação e fronteiras sociais na burguesia e nas classes popularesMonique de Saint Martain (Diretora de estudos EHESS/Paris, Pesquisadora IRIS/Paris)
22/08, Segunda-feira, 14 h - Sala 119 (1º andar do prédio I1) A geografia do samba na cidade de São Paulo(Veja: http://www.polisaber.org.br/site/?p=1243 )Alessandro Dozena (UFRN) 23/08, Terça-Feira, 14 h - Anfiteatro 2 (Ciclo Básico) Transformar a metrópole. Igreja católica, territórios e mobilizações sociais em São Paulo 1970-2000.
Em agosto, os encontros apresentarão três pesquisas, exposição da professora Monique de Saint-Martain, da Ecole des Hautes Etudes en Science Sociale, França, e dois livros recém-lançados sobre a cidade de São Paulo.
Calendário de Agosto:
11/08, Quinta-feira, 14 h - Sala 133 (1º andar do prédio I1) Mesa Redonda de professores do programa Estudos culturais e a história do conhecimento no Antigo Oriente Próximo: identidades e cânones.Carlos Gonçalves A sociedade da literatura brasileira contemporânea: entre o nacionalismo e o cosmopolitismoJefferson Agostini Núcleo de Estudos de Representações da Diversidade: fantasia, ciência e sociedade no cinema, na literatura, na música e na moda.Luis Piassi
17/08, Quarta-feira, 14 h - Anfiteatro 2 (Ciclo Básico) Educação e fronteiras sociais na burguesia e nas classes popularesMonique de Saint Martain (Diretora de estudos EHESS/Paris, Pesquisadora IRIS/Paris)
22/08, Segunda-feira, 14 h - Sala 119 (1º andar do prédio I1) A geografia do samba na cidade de São Paulo(Veja: http://www.polisaber.org.br/site/?p=1243 )Alessandro Dozena (UFRN) 23/08, Terça-Feira, 14 h - Anfiteatro 2 (Ciclo Básico) Transformar a metrópole. Igreja católica, territórios e mobilizações sociais em São Paulo 1970-2000.
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
Inscrições abertas: Mestrado em Mudança Social e Participação Política - EACH - USP
Estão abertas as inscrições para ingresso no Programa de Pós-Graduação em Mudança Social e Participação Política (ProMuSPP), nível mestrado, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da Universidade de São Paulo (USP).
As inscrições, para o primeiro semestre de 2012, estarão abertas de 01 de julho a 23 de agosto de 2011.
Os requerentes devem apresentar:
a. Ficha de inscrição disponível na página do Programa;
b. Histórico Escolar do Curso Superior;
c. Diploma ou Certificado de conclusão de Curso Superior;
d. Certidão de nascimento ou certidão de casamento;
e. Cédula de Identidade: RG ou RNE, no caso de candidatos estrangeiros;
f. CIC/CPF;
g. Prova de quitação com o serviço militar;
h. Título de eleitor;
i. 2 (duas) Foto 3x4 recente;
j. 3 (três) Cópias impressas do Currículo Lattes (http://lattes.cnpq.br);
k. Comprovante de proficiência em Língua Portuguesa, apenas nos casos em que esta não for a língua materna do candidato;
l. Comprovante de proficiência em Língua Estrangeira, como previsto no Regulamento do Programa disponível em www.each.usp.br/promuspp Esse comprovante deve ser apresentado apenas por aqueles/as candidatos/as que já possuam proficiência em língua estrangeira aceita nas normas do ProMuSPP e, portanto, possam ser dispensados do exame oferecido na seleção;
m. 3 (três) cópias de Projeto de Pesquisa (com no mínimo 10 e no máximo 15 páginas dispostas na estrutura do modelo FAPESP);
n. Carta explicitando os motivos pelos quais elegeu este programa para participar e indicando dois possíveis orientadores/as de seu projeto de pesquisa caso seja selecionado/a no processo.
A lista dos orientadores/as consta na página do ProMuSPP e ao final deste edital.
Todas as informãções sobre o processo seletivo podem ser encontradas no site do programa .
As inscrições, para o primeiro semestre de 2012, estarão abertas de 01 de julho a 23 de agosto de 2011.
Os requerentes devem apresentar:
a. Ficha de inscrição disponível na página do Programa;
b. Histórico Escolar do Curso Superior;
c. Diploma ou Certificado de conclusão de Curso Superior;
d. Certidão de nascimento ou certidão de casamento;
e. Cédula de Identidade: RG ou RNE, no caso de candidatos estrangeiros;
f. CIC/CPF;
g. Prova de quitação com o serviço militar;
h. Título de eleitor;
i. 2 (duas) Foto 3x4 recente;
j. 3 (três) Cópias impressas do Currículo Lattes (http://lattes.cnpq.br);
k. Comprovante de proficiência em Língua Portuguesa, apenas nos casos em que esta não for a língua materna do candidato;
l. Comprovante de proficiência em Língua Estrangeira, como previsto no Regulamento do Programa disponível em www.each.usp.br/promuspp Esse comprovante deve ser apresentado apenas por aqueles/as candidatos/as que já possuam proficiência em língua estrangeira aceita nas normas do ProMuSPP e, portanto, possam ser dispensados do exame oferecido na seleção;
m. 3 (três) cópias de Projeto de Pesquisa (com no mínimo 10 e no máximo 15 páginas dispostas na estrutura do modelo FAPESP);
n. Carta explicitando os motivos pelos quais elegeu este programa para participar e indicando dois possíveis orientadores/as de seu projeto de pesquisa caso seja selecionado/a no processo.
A lista dos orientadores/as consta na página do ProMuSPP e ao final deste edital.
Todas as informãções sobre o processo seletivo podem ser encontradas no site do programa .
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Pesquisadores desenvolvem tecnologia que mede nível cultural

Matéria Publicada na Revista Fapesp
Por Marcos Flamínio Peres
Como quantificar algo tão volátil e multifacetado como a cultura? Como chegar a um denominador que indique uma tendência ou mudança ao longo do tempo em áreas tão sujeitas a chuvas e trovoadas como gramática, literatura, censura e comportamento?
Esse é o objetivo do ambicioso programa Culturomics, que há três anos vem sendo conduzido em parceria por professores, pesquisadores e alunos da Universidade Harvard e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, ambos nos Estados Unidos. Parte dos resultados foi condensada no artigo “Quantitative analysis of culture using milions of digitized books” (“Análise quantitativa da cultura usando milhões de livros digitalizados”), o segundo do programa e publicado em janeiro passado na Science.
Assinado por nomes de peso, como o psicolinguista Steve Pinker, o trabalho se debruçou sobre um corpus de 5.195.769 livros digitalizados pelo Google Books – o equivalente, segundo os coordenadores, a 4% de todos os livros já impressos na história. A empresa californiana se tornou, por extensão, “a maior e mais importante fonte de financiamento do projeto”, afirma Adrian Veres, um dos signatários do artigo.
Liderado por Jean-Baptiste Michel e Erez Lieberman Aiden, do Departamento de Dinâmica Evolucionária de Harvard, o artigo na revista norte-americana é fruto da pesquisa que os dois fizeram para quantificar a evolução dos verbos irregulares ingleses a partir de fontes secundárias. “De algum modo”, afirma Veres, “isso serviu para consolidar a ideia de que resultados importantes e significativos poderiam ser obtidos, em um nível quantitativo, através de dados tais como a repetição de uma determinada palavra ao longo do tempo”.
Alcir Pécora, professor de teoria literária na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), também se mostra entusiasmado com o projeto: “Acho interessante esse tipo de pesquisa, no sentido de que as máquinas permitem trabalhar hoje com enormes quantidades de dados. É uma massa fabulosa de informação”. Mas pondera: “Quando se trata de entender o que significam, esses dados precisam de um intérprete qualificado, e não de um analista de banco de dados. O que não significa que esse tipo de pesquisa seja inútil e, muito menos, ofensivo, como parecem por vezes pensar em meios humanistas tradicionais”.
Dentro de um universo bastante amplo de variações culturais que o Culturomics pretende mapear, a língua se revelou um dos mais seguros de serem mensurados – “um modelo clássico de mudança gramatical”. Pois, dizem os autores, “diferentemente dos verbos regulares [em língua inglesa], cuja forma pretérita se constrói com o acréscimo da partícula ‘ed’ ao final, os verbos irregulares são conjugados idiossincraticamente”.
Assim, enquanto nos Estados Unidos se disseminou o uso de formas regulares pretéritas de certos verbos (como “burn”/“burned” e “spell”/“spelled”), na matriz europeia se manteve mais frequente o uso de suas formas irregulares (“burnt” e “spelt”, respectivamente).
No entanto, o estudo quantitativo da gramática inglesa apontou uma mudança de paradigma cultural e geopolítico, com a crescente influência do padrão norte-americano sobre os usuários britânicos da língua inglesa. Pois, com o tempo, os britânicos também passaram a adotar as formas dos falantes da ex-colônia, conforme aponta a quantificação realizada pelo Culturomics.
“As formas irregulares terminadas em ‘t’ também podem estar morrendo na Inglaterra. A cada ano, uma população equivalente à da cidade de Cambridge adota burned em vez de burnt.”
Mas os falantes norte-americanos também resgataram formas irregulares já meio esquecidas na metrópole e que seriam, posteriormente, reincorporadas pelos ingleses à sua linguagem cotidiana.
Essas estatísticas levaram os autores do estudo a chamar os Estados Unidos de “os maiores exportadores tanto de verbos irregulares quanto de regulares”.
Não apenas a língua mas também a fama pode ser medida por meio das tabulações. “É possível medir quão rápido alguém se torna famoso, quão rapidamente alguém deixa de sê-lo, qual é a intensidade dessa fama e em que momento da vida determinada pessoa se tornou famosa ou deixou de sê-lo”, explica Veres, cuja linha de pesquisa é justamente a “dinâmica da fama”.
Uma das conclusões mais impactantes – e cruéis – sobre a sociedade contemporânea apresentada no artigo da Science é como as pessoas se tornaram famosas cada vez mais cedo; porém, em contrapartida, caem no esquecimento de modo muito mais veloz.
Verbete - Para chegar a essa conclusão, o estudo tomou como ponto de partida 740 mil pessoas cujos nomes constavam de verbetes na Wikipedia, descartando apenas os casos em que os nomes eram os mesmos. Tabularam o restante tomando como base a data de nascimento e a frequência com que determinado nome era mencionado. Em seguida, considerando o período entre 1800 e 1950, criaram um grupo com as 50 pessoas mais famosas nascidas em cada um daqueles anos. Assim, em 1882 figura, por exemplo, a escritora Virginia Woolf e, em 1946, aparecem o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton e o diretor de cinema Steven Spielberg.
Leia a Matéria na íntegra clicando aqui
segunda-feira, 25 de julho de 2011
I Prêmio de Fotografia – Ciência & Arte
O Prêmio de Fotografia Ciência e Arte foi concebido como um marco para a criação do acervo de imagens relativas à produção e à criação técnica e científica brasileira. O Prêmio revela talentos e traz uma tendência relativamente recente no âmbito acadêmico científico mundial de associar as tecnologias tradicionais e inovações eletrônico-digitais à produção de imagens com temas sobre pesquisa científica, tanto quanto objeto como produto de estudos e análises fundamentados na ciência.
Inscrições até 12 de Agosto
Mais informações em: http://www.premiofotografia.cnpq.br/
Inscrições até 12 de Agosto
Mais informações em: http://www.premiofotografia.cnpq.br/
sexta-feira, 17 de junho de 2011
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