segunda-feira, 24 de outubro de 2011

100 mil mestres e doutores pela USP

Ao atingir a concessão de 100 mil títulos de mestrado e doutorado, a Universidade de São Paulo discute o futuro da pós-graduação no País

Por Joana Horta

Este mês de outubro, a Universidade de São Paulo (USP) celebra a marca de 100 mil títulos de mestrado e doutorado, concedidos a dissertações e teses qualificadas e defendidas na instituição. Do total, 53% são mestrados e 47%, doutorados, contados a partir de 1969, quando surgiram os padrões para a pós-graduação do país. Mais que um resultado quantitativo, o número comprova o peso da mais tradicional instituição brasileira de ensino, com 22 mil estudantes de pós-graduação, em mais de 200 cursos nas 9 áreas do conhecimento reconhecidas nessa etapa de estudos: ciências exatas e da terra, ciências biológicas, ciências

Da saúde, ciências agrárias, ciências sociais aplicadas, ciências humanas, linguística, letras e artes e multidisciplinar. A unidade que mais produziu títulos, ao longo dos últimos 42 anos, foi a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, com 9,5% do total. Com o indicativo título de Pós-Graduação Construindo o Futuro, uma série de eventos foi programada na usp. “É um bom momento para pensarmos de maneira mais aberta e eventualmente sugerir mudanças no sistema de pós-graduação”, afirma Vahan Gopyan, pró-reitor de pós-graduação da instituição. O professor da Faculdade de Medicina do campus Ribeirão Preto, Carlos Gilberto Carlotti Jr., Reforça o movimento no sentido da reflexão. “Está clara a ideia que não devemos apenas rememorar os 100 mil títulos e ir pra casa. A comemoração tem o objetivo de celebrar e discutir o sistema atual da universidade paulista, pensar um novo modelo final de tese, entender as necessidades dos financiadores.” Entre os problemas citados pelo professor, estão o aperfeiçoamento no processo de seleção e ingresso, as exigências na formação de línguas estrangeiras, a melhora das orientações e a reorganização da estrutura administrativa da universidade. “As secretarias de pós-graduação nas faculdades sofrem com a burocratização. Este é um problema para o qual precisamos encontrar soluções”, afirma Carlotti.

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